terça-feira, 21 de abril de 2009
Beterraba aparte
Imagem daqui
Ai, ai, eu sei que não se confessa uma coisa destas... e está-me a custar... a sério... fui ao supermercado e vi um pacotinho de sumo estranho, mas mesmo muito estranho que dizia "rote bete saft" ou seja sumo de beterraba-vermelha (chegou a loucura total, vale tudo). Não sou muito dada a invenções na área dos sumos, e jamais pensaria tocar sequer em alguns dos sumos que se vê no mercado alemão (podem imaginar o que quiserem que encontram, cebola, couve, mix de vegetais azuis). Mas, por gostar de beterraba-vermelha (ou se gosta ou se odeia, ouvi dizer) e por ser vermelho (sim, talvez tenha um fraquinho por vermelho, sou o alvo fácil do marketing! como as gomas vermelhas todinhas primeiro que as outras) lá peguei desconfiadamente no dito. E agora, aqui estou, gostei e quero mais. Se primeiro se estranha depois entranha-se. Estou a ver que este é um lema recorrente na minha vida...
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Christoph...er
After-hours
O Dj, imagem daqui
Durmo sempre de janela aberta na Alemanha, porque aqui as janelas têm todas o mecanismo de abrir uma brecha apenas na parte de cima, o que me dá uma sensação de segurança. Seja Inverno seja Verão, lá está ela, a deixar o arzinho circular. Bom, mas quando chega a Primavera nesta terra florida (e de céu cinzento, que é para não se sentirem mal) é vê-los às 5h da manhã na maior festa. Os pássaros! Os pássaros malucos doidos varridos da Primavera. Amiguinhos, amiguinhos, que eu até vos dou comidinha da boa (não é só mistela para pássaro, é noz e bolota - ok, era para os esquilos, mas isso vocês não sabem), seria pedir muito fazerem a rave ali para os lados assim-o-mais-longe-possível-da-minha-janela? Eu entendo, é Primavera e tal. Mas aqui a vossa amiguita (que é sim) teve uma longa noite de jantarada com amigos (ok, foi um bocado seca, mas isso não interessa nada) e estava precisada de um descanso divinal. Sério, 5h da manhã de Domingo para quem se deitou às...pois não sei... não está com nada (esta expressão brasileira encaixa mesmo). Eu sei que umas catatuas ou papagaios verdes conseguiram libertar-se nesta cidade há cerca de 20 anos (contaram-me), sobreviveram, multiplicaram-se (prova da superioridade de alguns animais em relação ao humanos, que eu ainda estou a pensar como é que sobrevivi, quanto mais multiplicar-me) e pelos vistos 15 delas vivem nas árvores em frente (a última vez que as contei com os meus binóculos de observar pássaros). Quinze!!!! Já percebi que essas são os DJs do pessoal. "Keeek Keeek!" (ou Let's get this party starting). O resto vai atrás. Dá para imaginar a cena?
sábado, 18 de abril de 2009
Killing us Softly - A mulher na publicidade
Este filme data de 1999 (acho). Já estaria na altura disto passar na televisão e ser matéria de debates sérios... digo eu.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Tirem a mão do nosso arroz
E já agora tirem também a mãozinha do nosso milho, batatas, dos nossos tomates (salvo seja), etc, etc e etc. É que já andamos mesmo fartos do mundo que temos, não dá para ver isso? Queremos mudar (eu e as mudanças) e somos muitos!
Assinem aqui:
Do email enviado pela Greenpeace:
Dear friends,
The world's most important staple food is under threat and we need your help urgently.
Sign the petition
Rice is daily food for half of the global population. It has been grown around the world for over 10,000 years and is cultivated in 113 countries. For millions of people rice is not just a food - it's a way of life.
Bayer, the German chemical giant, has created a genetically engineered (GE) variety of rice that will put ourhealth, our agriculture and our biodiversity at risk.
The European Union (EU) will soon decide whether or not Bayer's GE ricecan end up on European dinner plates. But this will not only affect Europeans. If the EU approves the import of Bayer's GE rice, farmers in the US and elsewhere may soon start planting the manipulated crop.
Stopping GE rice is not just about consumer choice or the environment -it's a lot bigger than that. It's a matter of global food security,human rights and survival.
You can tell the EU to keep Bayer's hands off your rice - sign the petition.
Thanks for your help saving the world's most important food. Please send this onto your friends today - we don't have much time before the decision is made.
With best wishes
Jan, Natalia, Lisa and everyone on the rice team at Greenpeace
Obrigada!
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Nascidos pelo mundo fora
Pega Bond
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Generation M
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Já que falei nela
Shame on you Vogue
Cabeleireiros à conquista
Costumo aproveitar para ir ao cabeleireiro quando vou a Portugal, porque o cabeleireiro na Alemanha, pelo menos até há dois anos, era mais caro. No entanto, nas últimas vezes que fui ao cabeleireiro em Portugal (Lisboa) paguei balurdios e resolvi, em Dezembro do ano passado, experimentar os cabeleireiros alemães. Curiosamente, os preços são os mesmos, nem mais nem menos (não foram os preços na Alemanha que baixaram, mas sim os preços em Portugal que aumentaram). Falarei aqui das diferenças que mais me saltaram à vista (e ao ouvido). Não ouvi uma única vez nos cabeleireiros alemães (da Alemanha oeste) cusquices, maledicências, ou falatórios sobre a vida alheia (aleluia!!!). Isso seria o bastante para me conquistar. Mas o que me conquistou mesmo, mesmo, foi a transparência. Sim, o mundo inteiro terá a capacidade de me conquistar pela transparência, porque se há coisa que aprecio é esta qualidade suprema, rara, e estranhamente não apreciada pela maioria das pessoas. A funcionária chamava-se Tina (por um milésimo de segundo pensei em Portugal) e assim que lhe disse que queria pintar o cabelo, talvez fazer umas nuances, ela perguntou-me se gostaria de ver os preços de tudo. Isto antes do serviço! Voltou com uma folhinha e uma calculadora e calculou à minha frente o preço de pintar, o preço de "nuances" (por madeixa), mais tratamento (se quiser), tudinho tintim por tintim. Sem eu lhe perguntar nada! A qualidade das revistas era visivelmente superior à qualidade das revistas nos cabeleireiros portugueses, encontrando-se, entre outras, toda a gama de revistas de reportagens, coisa que nunca vi em nenhum cabeleireiro português (é capaz de haver, eu é que nunca vi).
terça-feira, 7 de abril de 2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Mais esquilinhos
sábado, 4 de abril de 2009
Pagar à consciência
Os chimpazés hippies
Bonobos
Os bonobos são uma espécie de chimpanzés que habita apenas uma determinada área de densa selva do Congo, em África, e foram descobertos em 1928 por Harold Coolidge. São uma espécie animal curiosa (eu acho muitissimo fascinante), pois andam em postura erecta (pensa-se que adquiriram a postura erecta - como os humanos - devido às exigentes condições da floresta onde habitam), vivem em estruturas sociais matriarcais (ao contrário da outra espécie de chimpanzés) e funcionam entre eles de forma igualitária (não são dados a hierarquias). Para resolver conflitos recorrem mais ao lema "make love not war" do que à agressividade (ao contrário da outra espécie de chimpanzés). Pensa-se ser a única espécie animal além da humana que tem sexo por puro prazer, e sexo faz parte do seu dia a dia, sendo utilizado também para resolver conflitos. Suspeita-se agora que esta é a espécie animal geneticamente mais próxima dos humanos (geneticamente não sei, mas tenho as minhas dúvidas quanto à semelhança com os humanos, cá para mim somos mais como os chimpazés comuns).
Sigo atentamente o blog da Vanessa Woods que trabalha como investigadora para o santuário "Lola ya" (ela também é jornalista de ciências, trabalha com o Discovery channel e escreve livros como este). O santuário Lola Ya acolhe os bonobos que são confiscados no mercado ilegal, onde uma cria de bonobo chega a atingir os 60.000 dólares. É neste local protegido que os pequenos bonobos são reabilitados para poderem voltar à floresta. Além desta tarefa importante e rara no Congo, o santuário esforça-se para educar e envolver a população local.
Gosto quando a investigadora Susan Savage diz que podíamos olhar para esta espécie não como normalmente olhamos para os animais, de forma inferior, mas como uma cultura diferente. Os bonobos, além de passarem o teste do auto-reconhecimento, aprendem rapidamente com os humanos coisas complexas como utilizar ferramentas, linguagem, fogo, etc, e nós bem que poderíamos aprender com eles, uma forma mais pacifica de existência. Susan Savage fala dos bonobos no vídeo abaixo:
Repito o apelo que a Vanessa fez no seu blog, pois é a primeira vez que ela pede doações urgentes (e isso deixou-me apreensiva). As doações são feitas aqui e eles aceitam qualquer quantia. Qualquer quantia.