terça-feira, 22 de junho de 2010

O destino das baleias é responsabilidade de todos nós

Imagens do jornal Spiegel

Sabem que neste momento se decide o destino destas criaturas fascinantes? Numa conferência em Marrocos cheia de lobistas e pessoas sem escrúpulos (ler noticias recentes BBC e The Sunday Times). Discute-se se a caça a baleia deverá ser legalizada para os próximos 10 anos. A associação que desde sempre lutou na defesa das baleias marca a sua presença em grande: a Greenpeace. Na página da Greenpeace podem ler tudo sobre a luta contra o comércio e a matança de baleias e ainda fazer o download do processo a ser apresentado pela Greenpeace na conferência internacional de Marrocos. Ajudem a Avaaz a representar a opinião publica ao assinar a petição Baleias: Pressão Final para o fim da caça.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Buraco na Guatemala

Este buraco gigantesco parece uma daquelas brincadeiras que as pessoas reenviam sem verificar a sua veracidade. Neste caso, é verídico. O buraco apareceu no Domingo passado na cidade de Guatemala, depois da tempestade tropical Agatha.
Segundo geólogos a situação é perigosa (não parece nada). Tudo indica que a natureza apenas acelerou um processo já iniciado por acção humana. As causas incluem as caracteristicas de parte do subsolo da área ser de origem vulcânica ainda não solidificada em rocha e a construção urbana feita em cima de solos mal estudados. Adianta-se ainda a possibilidade de ocorrência de rebentamentos no sistema de tubulação e esgotos da cidade devido à chuva intensa.


É curioso verificar que algo parecido já tinha acontecido em 2007, como poderão ler no excelente blog português de geologia Terra que gira. O buraco que se abriu em 2007 tinha 100 metros de profundidade, semelhante ao actual. Na altura os cientistas que analisaram o fenómeno, avisaram o governo da forte probabilidade de buracos semelhantes poderem surgir novamente. O governo, talvez por falta de verba, nunca respondeu ao aviso.

Buraco (Dolina) em Guatemala em 2007

Noticia no Discovery News
Noticia no National Geographic

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Concerto Mozart para micróbios

Anton Stucki, fundador de uma pequena empresa alemã chamada Mundus, foi o maestro da ideia. Se Mozart tem um efeito positivo nas pessoas, então poderá ter um efeito positivo em outros organismos. Foi assim que uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) em Treuenbrietzen na Alemanha passou a usar musica de Mozart, na esperança de levar os micróbios que se alimentam de biomassa, a trabalhar mais arduamente. Já com resultados demonstrados na Áustria, em que uma ETAR conseguiu usar Mozart na redução de custos, o método terá que passar o teste na Alemanha.

As ondas sonoras das composições de Mozart, juntamente com a adição de oxigénio, promovem uma melhoria no desempenho dos micro-organismos para quebrar biosolidos. Como resultado, as ETAR podem poupar custos de energia e diminuir significativamente a quantidade de desperdício residual, que é muito dispendioso de tratar.

O processo baseia-se num sistema especial de stereo que reproduz as vibrações e os sons de uma sala de concertos. A renda do sistema custa 400 euros por mês e estima-se uma redução nos custos de vários milhares de euros ao ano.

Nada como ideias giras para nos pôr a ouvir Mozart no trabalho.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Clap Clap Clap

 Discurso de Daniel Cohn-Bendit relativo às "ajudas" económicas fornecidas pela UE à Grecia:

Não tenho uma mente abstracta


Uma das melhores séries de todos os tempos. Épica, criativa, guião como nenhum outro, personagens de impacto memorável, internacional, alimentadora de debates, James ou Jack a eterna dúvida (não só da Kate), os maravilhosos sotaques, a fantasia, o mistério, tudo, tudo. Tudo, tudo que incrivelmente conseguiram estragar com o final: não percebi.
Isso chateia-me um pouco. Porque andava a queixar-me que não sabia o que ver para substituir Lost, que não haveria outra tão interessante outra vez, drama sincero da minha parte. E pronto, afinal não será nada assim, porque séries com maus finais é o que mais há. Até comentei que, pela primeira vez (tirando o Seinfeld) teria que comprar os DVDs da série toda. O que se passou com o "Lost" passa-se também com alguns livros. Podemos estar a ler um livro que julgamos ser uma revelação, uma obra-prima, finalmente algo que vale a pena. Mas depois o fim é um desastre, uma desilusão. E isso estraga toda a impressão que era suposto o livro ter deixado. Quando nos perguntam o que achámos, respondemos mais ou menos, passamos de nota 5 para uma nota 3. Um fenómeno que se deve a um processo cognitivo interessante, relacionado com o funcionamento da memória e que se chama "recency effect" ("efeito recente"?!?). Este processo consiste numa relevância desproporcionada que atribuímos a estímulos recentes, em detrimento de estímulos passados, i.e. os factos mais recentes são retidos na memória de uma forma desproporcional em relação aos anteriores, aumentando em duração e importância. Não tenho culpa, chama-se psicologia.

Como não ter que explicar nada a ninguém e obrigar a aceitar e calar? Com uma palavrinha apenas: religião. Pronto, é assim, foi tudo em sentido figurado, simbólico, cada qual interpreta à sua maneira. Pormenores não interessam, libertem-se dos pormenores e vejam o todo. Blá, blá, blá, somos todos um só e irmãos e vamo-nos abraçar sem fazer perguntas. Quem pensar muito não pertence ao grupo dos que fingem que entenderam o final.

Só tenho mais uma coisa a dizer: vá lá que não foi tudo um sonho!