segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Mais mulher ou mais homem do que eu


Uma amiga telefonou-me a dizer que se ia encontrar com alguém com contactos na área dela e que lhe poderá vir a ser útil, pois ela precisa de mudar de emprego. Um homem. Mas... e aqui vinha o favor a pedir. Preferia não dizer ao namorado, porque este é um ciumento daqueles que lhe telefona mil vezes ao dia e que, perante a ideia de que ela se ia encontrar com um homem que ele não conhece, era capaz de mais uma vez fazer cenas e de lhe estragar a oportunidade (pelos vistos este homem é uma sumidade de contactos úteis). Até aqui, uma conversa que se passaria entre duas pessoas de qualquer sexo no mundo. Depois ela disse-me uma daquelas frases "já viste, ele é mais mulher do que eu". Ora, ela que não suporta filmes lamechas e vomita em musicais, como é que se sai com uma dessas? Porque, a maioria das mulheres, estão condicionadas a sairem-se com estas preciosidades. Não me perguntem porquê, é para mim um mistério. Como o meu cérebro não capta a lógica, não consigo explicar, a quem, não sendo desta Terra, tenha dificuldade em entender. Voltando à estória. Era para ver se eu podia fingir que ela ia estar comigo, blá, blá, blá. Querida amiga, sendo assim, eu sempre namorei com homens mais mulher do que eu (han?? podia repetir?). Todos os meus namorados eram mais românticos, mais lamechas, mais ciumentos, mais telefonistas e mensageiros do que eu. E se estou com algum amigo ui...quem é, e porquê, e como, e tatati e tatata. Mesmo depois de conhecerem os amigos todos. Mesmo sabendo que eu nunca, nunquinha misturei alhos com bugalhos e que não sei o que são amigos coloridos. Ou seja, os meus amigos são isso mesmo. E sim, já me bisbilhotaram o telemovel várias vezes (a mim, que desculpo tanto e tento listar na memória todas as pessoas que me telefonaram naquele dia para depois descarregar a sua excelência, tipo altifalante de fábrica "o manel, a teresa, o luis, é favor apresentarem-se na linha da frente"). Pois, nunca entendi estas tretas dos homens serem assim e as mulheres serem assado. Do que conheço (e conheço bastante ficam a saber), essas teorias andam todas confusas, trocadas e, no meu caso, não há pachorra. Olha, e que tal preocuparem-se com questões realmente úteis à humanidade? Boa? Ahh... afinal aceitei ajudá-la ou não? Era só o que faltava pôr-me para aqui a contar a vida das amigas, ha ha.

Um comentário:

Helena Araújo disse...

Estou perplexa: como é que vocês aturam homens assim?
Rebuscar-me o telemóvel dava divórcio imediato.

Acho a vida mais simples, e digna, quando ambos aceitam que cada um tem direito a uma esfera privada, a segredos e até a cometer erros.