Em Berlin realizou-se recentemente o Festival Internacional de Cinema - Berlinale - que, curiosamente (adoro a sintonia de interesses), estreou ao público uma série de filmes com o propósito de consciencializar as pessoas sobre a alimentação. Entre muitos, pelo menos dois entram para a minha lista de "a não perder": Food Inc e Terra Madre.
Parece que a racionalização por trás da produção industrializada de alimentos teria a ver com o permitir que pessoas com menos recursos, tivessem acesso a produtos alimentares a baixo custo. A minha questão é, acabámos realmente com a fome de quem tinha fome? Fornecemos realmente alimentos às populações carenciadas? Porque o que constato fica longe dos objectivos a que se propunha a industrialização. O que constato é um aumento assustador da obesidade e de problemas de saúde relacionados com a alimentação nos países ocidentais. O que constato é que as grandes cadeias de fastfood foram quem encheram os bolsos com esta estória da carochinha. Os países ocidentais produzem em excesso e (choque) destroiem diariamente esse excesso. O que vejo é apenas uma máquina de engorda para a população que já comia, e uma máquina de aumento de lucros para as grandes empresas por trás da industria alimentar. Gostaria ainda de perceber a verdadeira lógica das sementes geneticamente modificadas. Porque é que os agricultores são forçados a comprar sementes todos os anos e arriscam-se a processos jurídicos quando tentam reutilizar sementes de acordo com o processo natural e lógico da agricultura? São muitas as questões e não param aqui. Mais terei depois de ver os filmes "a não perder"...
A sério que para os chatear me apetece encher os meus vasos na varanda de couves e cenouras... não fosse o risco dos meus vizinhos me decorarem a porta com post-its (método comum de comunicar na Alemanha) e transformava-me em agricultora varandil. Eu que nunca plantei uma cebola na vida! Hey, mas já ajudei muito os meus queridos vizinhos no Alentejo, inclusive na apanha da batata (puxa vida, grande trabalheira essa). Até comprar a minha quintinha de sonho (ena, que sonho original), vou apoiando os produtos biológicos, os dos pequenos agricultores e postando vídeos, que não se vêm na TV. Isto enquanto não me encerrarem o blog.
A sério que para os chatear me apetece encher os meus vasos na varanda de couves e cenouras... não fosse o risco dos meus vizinhos me decorarem a porta com post-its (método comum de comunicar na Alemanha) e transformava-me em agricultora varandil. Eu que nunca plantei uma cebola na vida! Hey, mas já ajudei muito os meus queridos vizinhos no Alentejo, inclusive na apanha da batata (puxa vida, grande trabalheira essa). Até comprar a minha quintinha de sonho (ena, que sonho original), vou apoiando os produtos biológicos, os dos pequenos agricultores e postando vídeos, que não se vêm na TV. Isto enquanto não me encerrarem o blog.
2 comentários:
Pelo menos nao foi laureado um filme de Bollywood ou Hollywood. Já por isso acho o festival simpático.
A propósito do que se passa à nossa volta, pois eu ando ultimamente com um humor terrível. Parece que anda tudo alienado. Pois é, e viva o Carnaval!
Ariadne, eu também acho o festival simpático, ou melhor fiquei a achar ;) Humor terrivel? Ohh, isso é que é uma chatice. Muitos andam alienados sim, mas é bom saber que há cada vez mais pessoas a fugirem do mainstream (acho) :-) Além disso, devo dizer que apesar de achar que Bollywood faz mal à populacao indiana, eu pessoalmente rio-me muito com os filmes ;-) E ponho os meus amigos indianos também a rir nas cenas mais dramáticas (que as há sempre)...é com cada cena que nao lembra a ninguém :-D
Postar um comentário