quinta-feira, 29 de julho de 2010

A Estrela Monstro



Imagem do Guardian

Recentemente, cientistas da Universidade de Sheffield descobriram a estrela R136a1 no agrupamento estelar RMC 136a, na nebulosa da Tarântula, que pertence à Grande nuvem de Magalhães, localizada na constelação de Peixe-Espada. R136a1 possui um brilho 10 milhões de vezes mais luminoso do que o nosso lindo sol e seria, no seu inicio, 320 vezes maior. É a maior estrela descoberta até hoje. Chamam-lhe a Estrela Monstro. Irá brilhar intensamente durante um curto período de tempo, até explodir como supernova e espalhar materiais pesados (como o ferro) pelo Universo.

Mais informação em BBC News

Video reportagem do Daily Mail

Apresento-vos Cidinha Campos

Pelo riso cinico dos deputados, vejo grandes semelhanças entre os politicos portugueses e os brasileiros. Falta-nos uma Cidinha Campos.





Reportagem da RTP1:

Na célula

Mesmo parados, a vida não pára.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Madeira oficialmente livre de OGM

"A Assembleia Legislativa aprovou hoje por unanimidade o decreto legislativo regional que “declara a Região Autónoma da Madeira zona livre de cultivo de variedades de Organismos Geneticamente Modificados (OGM)”.
“É proibida a introdução de material de propagação, vegetativo ou seminal, que contenha organismos geneticamente modificados no território da Região Autónoma da Madeira, assim como a sua utilização na agricultura”, estabelece o diploma.
“Constitui contra-ordenação punível com coima cujo montante é de 250,00 euros e máximo de 3.740,00 euros ou mínimo de 2.500,00 euros e máximo de 44.800,00 euros, consoante o agente seja pessoa singular ou coletiva”, fixa o decreto legislativo regional.
A Assembleia Legislativa aprovou hoje, em segunda deliberação, o diploma porque o primeiro, aprovado a 14 de Fevereiro, fora devolvido à Assembleia Legislativa para reapreciação pelo Representante da República.

Segundo o Representante da República, o diploma então aprovado contrariava a “primazia do Direito Comunitário sobre os Direitos Nacionais” designadamente a exigência da “comunicação prévia à Comissão Europeia de qualquer projeto legislativo respeitante a regras técnicas, desde logo, quando nele se pretendem introduzir regras de cariz inovatório”.
O deputado do PSD-M, Vicente Pestana, adiantou no plenário que a “situação de incumprimento da legalidade comunitária” tinha sido ultrapassada porque a 3 de Abril o Governo Regional notificou a Comissão Europeia das razões pelas quais tornava a Região uma zona livre de OGM e que Comissão, ao não se pronunciar até 4 de maio, acabou por deferir, tacitamente, o diploma.
“A extrema riqueza genética vegetal (não só em termos de espécies ornamentais e florestais, como, igualmente, em termos de variedades de espécies agronómicas) da Região, cujo valor científico e económico é incontornável, aconselha, tendo por base o princípio da precaução, a não introdução de material com OGM”, explica o diploma no seu preâmbulo."

Notícia de última hora do Jornal da Madeira

domingo, 25 de julho de 2010

A Lua Em Ti - Documentário da Semana #3

Vamos abordar um tema de que não se fala. O período. Um fenómeno biológico normal. Porque não se fala na menstruação? Não sei. Dá-se o nome de Benfica, altura do mês, visita, tudo como um segredo. Chiuuu.

Por acaso, eu falo bastantes vezes nele, porque sofro dores muito fortes, talvez genético, uma herança que dispensava. Ninguém me sabe explicar o porquê das dores. Há uns anos frequentei aulas de dança do ventre e não me lembro se as dores diminuíram ou não. Depois de ver este documentário, vou iniciá-las outra vez. Aquilo até era giro e parece que tenho jeito. O que não é difícil na Alemanha (he he he...sério). Também tenho investigado relatos de pessoas que dizem ter diminuido as dores através de outros métodos, como nutrição, certo tipo de exercícios, etc. Vou experimentando até encontrar a solução. Se algo resultar, digo-vos, nem que a solução seja fazer o pino vestida de verde a cada terceira lua nova (já que tenho uma lua em mim), porque estas coisas são para partilhar.

Este é um documentário para todos. Chhiuu. Sobre aquilo que ninguém fala.

Trailer em espanhol:
La luna en ti from Yorokobu on Vimeo.

Resumo em inglês: "Like many other women, Diana has been suffering from problematic periods for years. With every new cycle, the same question arises: “Why the pain and annoyance if I am healthy?” Her initial innocent curiosity sparks off an emotional voyage to the very roots of femininity and life. "The Moon Inside You" is a fresh look at a taboo that defines the political and social reality of both women and men in a more profound way than society might be willing to admit. Facing the menstrual etiquette with doses of humour and self-irony, the documentary approaches the subject through both personal and collective references, thus challenging our preconceived idea of womanhood."

Documentário "The Moon Inside You" completo, com legendas em inglês:

Mais informações sobre o documentário aqui.

Chhhiuu...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Um vislumbre do futuro

Tan Le apresenta-nos a sua impressionante tecnologia: um interface para a cabeça que "lê" as ondas cerebrais e que através de um feedback neuronal nos permite manipular certos objectos e movimentos. A não perder. Absolutamente. 

They shoot horses don't they


Yes, they do...

Stephan Balleux, extaordinário.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Quintas na janela e divagações de uma aprendiz de jardinagem urbana

Viver em cidades, em apartamentos de rendas altas, de tamanho reduzido, tem as suas desvantagens para quem, como eu, tenta praticar um pouco de agricultura urbana. Falta espaço, condições climatéricas, são necessários uma série de requisitos que nos faz suspirar por um quintal ou um jardim. No entanto, que não se pense que é demasiado complicado, porque não é. Tem que se ter o básico (vasos, terra, plantas, água, luz) e muito amor no coração (ha ha ha). É muito bom quando pessoas inteligentes arranjam soluções para os coitados dos citadinos. O projecto Nova Iorquino Windowfarms baseia-se numa excelente ideia para aproveitar ao máximo a luz e o espaço que se tem num apartamento de cidade. Também uma boa ideia para implementar nas aulas de trabalhos manuais nas escolas e assim contribuir para que as criancas se envolvam na plantação e produção da própria comida (mais fresca, logo mais saudável). Ainda não pus mãos à obra, mas assim que possa lá irei em busca dos materiais necessários e dedicar-me à bricolage. Como tento reduzir ao máximo o desperdício de plástico, não tenho garrafas de plástico. Melhor ainda, pois alguém me irá fornecer as ditas e como tal, contribuir para redução da poluição plástica (o plástico, além de ser feito com petróleo – não se vão libertar dele tão cedo -, é dos materiais mais prejudiciais ao planeta). Ainda não sei o que plantar nessas quintas-de-janela, mas comprei umas sementes de uma série de plantas comestiveis que estavam em desconto no supermercado biológico. Vão ter que ser essas. Também insisto em plantar abacates, apesar de saber que muito dificilmente irão dar fruto (missão realmente impossível), mas que fazer com tantas sementes de abacate? Já dei algumas a família, amigos e eles espalharam que faço colecção. Podem vir buscar sempre que quiserem. Curiosamente, rebentam e crescem e fazem plantas bonitinhas, mas frutos que é bom, nadinha. Sem plantar a semente na terra é só mesmo colecção (acho que no próximo dia de jardinagem de guerrilha levo algumas sementes de abacate). Uma ideia muito didáctica também para crianças como podem ver aqui, ajudando-as a compreender os ciclos de nascimento e desenvolvimento na natureza. Já o meu morangueiro de quatro folhas (ok, é capaz de ter mais umas duas folhinhas, afinal custou 50 cêntimos no mercado) deu dois morangos!!! Não sabia que tal era possível. Deve ser o tal amor (ícon de bonequinho a piscar o olho - li algures que não fica bem pôr essas coisas em textos de blogs). Enfim, gosto muito disto. 

Abaixo poderão ver alguns vídeos sobre o projecto Windowfarms
 

Aqui as instruções de como construir uma quinta-de-janela. 

Abaixo, como plantar sementes de abacate:

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A minha rua

Os prédios não têm mais do que 4/5 andares e possuem jardins ou pátios interiores com árvores, para uso de todos os habitantes do prédio (um costume antigo que em Portugal, tem sido substituido por mais betão e vista para o prédio em frente). Não existem marquises, as casas com varanda são as mais procuradas e quem as tem, não as quer fechadas (apesar da quantidade abundante de chuva ao ano).

A rua em si começa com uma loja de surf que vende a minha marca preferida de roupa, seguida de duas preciosas livrarias de livros antigos. A seguir uma agência de viagens para destinos e percursos de aventura, depois um restaurante vegetariano, mais uma livraria, um jardim com dois espaços para as crianças brincarem (um para bébés, outro para mais graudos) e um espaço para jogar futebol, dois cafés com wireless, um deles serve o melhor prato de couscous que já comi. Tem, naturalmente, árvores enormes dos dois lados e pessoas a andar de bicicleta para irem a sítios (e não a irem a sítios para andar de bicicleta). No outro lado da rua, os donos do restaurante da esquina mantêm no passeio um prato com água para os cães dos clientes (muito comum por aqui), tem feito um calor a rondar os 35 graus. Os cães são permitidos em todos os parques e na maioria dos restaurantes e cafés. Estão também autorizados a viajar com os donos nos metros e nos autocarros. Todas as árvores (todas!) têm uma casinha de madeira para pássaros, colocadas pelos moradores da rua. Todos os espaços com terra em redor das árvores encontram-se cultivados com flores pelos moradores da rua. Os restaurantes não vegetarianos têm opções vegetarianas.

Na rua transversal, além de três supermercados normais, existem dois supermercados biológicos, um asiático e um turco. A 200 metros da minha casa encontra-se uma padaria biológica.

Aos Sábados, num parque para carros na rua à esquerda, organiza-se uma feira de artigos usados, em que se paga uma pequena quantia para vender aquilo que se tem a mais em casa.

Apenas mais uma rua comum numa cidade alemã.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Quando as imagens valem mil pensamentos

Andei pela minha cidade alemã preferida - Berlim - e fiquei alojada em frente a estas obras estimulantes de pensamento critico (sim sim), dignas de serem vistas ao vivo. Pertencem a Blu, um artista grafite italiano muito dentro de temas sócio-políticos.


*Imagens minhas

Depois li que Blu estava a pintar em Lisboa. A pintura de Lisboa é mais directa, não leva a interpretações diversas. Quer dizer o que diz. Nem imaginam o quanto estou em pulgas para vê-la ao vivo.


Imagem do site Crono

Blu é também conhecido pelas suas animações de grafite que são verdadeiramente impressionantes.


MUTO a wall-painted animation by BLU from blu on Vimeo.

Há coisas que me deixam sem palavras (cumprem o objectivo).

Quatro minutos de fama com Isabel Allende



Podem colocar legendas em português carregando onde diz "view subtitles" e escolhendo "portuguese". Vale a pena ver até o fim.