sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O medo da palavra vem da ignorância

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feminismo

Eu não sou feminista, mas as mulheres têm de ter as mesmas oportunidades que os homens. Não sou feminista mas as mulheres têm de ganhar o mesmo que os homens. Não sou feminista mas sou contra o sexismo. Estas e outras frases semelhantes, que se podem resumir numa só - não sou feminista, mas sou a favor da igualdade dos géneros - são afirmações que nos habituamos a ouvir à nossa volta no meio dos aplausos de interlocutores masculinos.

Ao contrário dos outros “ismos” o feminismo tem a particularidade de poder ser definido e vivido individualmente e ao mesmo tempo ser visto como uma ameaça quando se assume como colectivo. Cada mulher define-o como quer, como lhe dá mais jeito, retira dele as partes que lhe interessam e recusa as que estorvam os seus objectivos pessoais ou que esbarram nas suas convicções. Podemos até tirar-lhe a palavra. Podemos dizer que somos femininas e não feministas e assim ridicularizar quem acredita que o primeiro não existe no segundo. Ficam à toa sem saber como atacar aquilo que é na sua essência feminista mas já não parece feminista porque se declara feminino.




Não há quem descreva melhor o que sinto do que a Maria N.

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