Próximo Oriente - Edição 27.03.2010 by Hugo Pinto on Mixcloud
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Em que mundo vivemos? Qual é de facto o diagnóstico da situação? Quais são as soluções?
Vamos ficar conformados com a brutal e crescente desigualdade social e económica? Com o hipotecar do nosso futuro pela cultura política dominante? Com o agravar do sofrimento psíquico em milhões dos nossos concidadãos? Com uma competição predatória? Com o agravar da concentração financeira e económica? Com a manutenção de consumos irresponsáveis e inconscientes? Com a destruição das florestas, da biodiversidade, da água potável e fóssil, do mundo marinho, dos solos ricos?
A forma mais eficaz de fazer chegar a Permacultura às pessoas, é através das Iniciativas de Transição, que têm a espantosa capacidade, de fazer convergir pessoas com estilos de vida muito diversos, neste processo de mudança, em que finalmente a sociedade civil, agarra o futuro com as suas mãos.
No próximo dia 10 de Abril em Pombal, joga-se o futuro do Movimento Transição em Portugal. Joga-se o nosso futuro."
"O evento é organizado pela Associação Rio Vivo (www.ariovivo.blogspot.com), com o apoio da Fundação Vox Populi (www.fvp.pt), e o Projecto Coisas do Vizinho (www.coisasdovizinho.ning.com).
• NOME
• MORADA
• CÓDIGO POSTAL
• CIDADE
• EMAIL
• OCUPAÇÃO/PROFISSÃO
Faça o pagamento (10 euros por cada inscrição) por transferência bancária:
NIB 0033 0000 45390079509 05. Na operação indique sempre, como referência, a palavra "transição" e o 1º e último nomes.
Ou desloque-se à Loja Coisas do Vizinho em Pombal, no Largo do Cardal, Rua Almirante Reis (Túnel do Cardal) Loja E2, 3100-443, onde pode fazer a sua inscrição e o pagamento (10 euros por cada inscrição), directamente.
Mais informações pelo 965578572 ou 968063345.
O outro dia debatia com um amigo sobre a Guerra. Sou, acho que obviamente, anti-guerra e ele não (antes da conversa não era), porque diz que a Guerra faz parte do instinto humano, algo com que a natureza nos dotou como meio de higienização do mundo, assim uma espécie de impulsionador do progresso, blá blá, etc, etc (já conhecemos a conversa, não é verdade?). Pois eu acho o seguinte (que foi o que lhe disse): durante a minha vida, que só tenho uma, não desejo Guerra nem para mim, nem para os meus. Ele responde, eu também não. Ora bem, os argumentos poderiam acabar aqui – como considerar normal que outros sofram aquilo que nós não queremos sofrer? Isto só por si devia bastar para acabar com qualquer discurso pro-guerra papagueado por quem ouviu papaguear. Mas continuámos.
Primeiro, só tenho uma vida. Não me interessa mesmo nada perdê-la na Guerra para que se faça uma impulsão no progresso. Sério, não me interessa mesmo nada. Juro. Prefiro até mudar-me para uma casinha simples, cultivar a minha comidinha, fazer fogueiras e prescindir do conforto do progresso se isso significar a minha vida. Se eu a perder que me interessa a mim o progresso? Quero continuar a ver as estrelas no céu, a cheirar flores, a tomar banhos no mar, quero a brisa de Verão, paisagens esplendorosas, rir. Quero a vida! Aliás, que me interessa a mim, e ao planeta, que se tenha impulsionado a energia nuclear graças à Guerra (a descoberta já vinha de trás), que interessa isso aos milhares que perderam a vida ou perderam alguém querido em Hiroshima e Nagasaki? ou aviões mais rápidos, ou armas estupidamente eficazes? O único progresso que me poderia fazer ponderar dar a minha vida seria o progresso de salvar vidas e proteger o planeta, uma causa humanitária. De facto, algumas descobertas medicinais foram feitas durante a Guerra, o que não significa que não tivessem a chance de serem feitas noutra altura e de outra forma. As descobertas e o progresso aconteceriam mesmo sem guerra, a guerra apenas as impulsionou devido a uma intensa necessidade e competição entre nações. Ou não existe progresso sem guerra? Deixem-se de ser influenciados pela linguagem manipuladora da propaganda. Guerra não é paz e, principalmente, guerra não é progresso. Acordem para o que é real. Pensem pela vossa cabeça.
Segundo, é tudo muito bonito quando acontece aos outros e quanto mais longe melhor, não é assim? Higienização (whatever that means), progresso, descobertas, conhecimento, sim senhor, lindo!...cof, cof... desde que não seja às minhas custas. Pois claro. Como poderei considera-la "natural" para os outros, estranhos algures que não conheço? Seria muito egoísmo achar que eles apenas fazem parte dos planos da natureza e da misteriosa higienização, desde que não me envolvam a mim ao barulho. Escondemo-nos por trás das nossas ideias abstractas, tão bonitinhas e certinhas, dos nossos jogos estratégicos de xadrez, cegos aos verdadeiros interesses da Guerra (poder e dinheiro), e construímos lindas teorias, que impressionam qualquer gajo no café, que demonstram a suprema inteligência da nossa retórica, que alimentam discussões bio-socio-filosóficas complexas (teorias da treta, é o que lhes chamo) desde que… não seja a nossa casa a cair, não sejam os nossos irmãos a morrer, não sejam as nossas filhas a serem violadas, não sejamos nós na sala de tortura. Não sejamos nós, de repente, entregues a algum psicótico que voluntariamente se alistou para matar pessoas, e que pode, finalmente, ao abrigo da lei da guerra (tudo vale e tudo será possível no meio de tantos horrores anónimos desconhecidos), dar azo à sua imaginação sanguínea. Desde que não sejamos nós! Desde que não sejamos nós os subjugados! É preciso lata. Tudo muito bonito quando longe, quando nos livros de história, na televisão, material para debates e discussões politicas, cientificas e até serve para entreter. Tudo muito bonito, tudo muito blá blá blá, mas a realidade não é essa. A realidade é o agora. A tua vida, a vida deles.
Ele responde, gosto muito de ti.
A excelente Plataforma Portuguesa por uma agricultura sustentável -Transgénicos Fora - procura neste momento pessoas que queiram contribuir e colaborar com eles. Tendo em conta que é das únicas organizações portuguesas que activamente nos esclarece sobre os perigos dos transgénicos e que procura proteger a agricultura sustentável em Portugal (desde quando é que agricultura normal passou a ser especial?), lanço aqui um pedido de ajuda em nome da plataforma:
- Investigação: Contribuir para a investigação da composição do mercado de arroz em Portugal. Esta actividade envolve principalmente fazer pesquisa na internet e a produção de um trabalho referenciado. A questão principal para este trabalho de investigação é: Quais as empresas activas e quem controla o mercado, especificamente, quais são os 'market shares' destas empresas nos vários componentes do mercado (produção, importação, processamento, distribuição) e no mercado total?
- Teatro/acção de rua: Pessoas que têm vontade/capacidade de desenvolver ou participar em acções de teatro de rua com o objectivo de dar visibilidade à campanha e mostrar o que a plataforma transgénicos realmente é: um movimento de cidadãos preocupados, responsáveis e activos.
Por favor enviem um mail individual para diels.johan@gmail.com, indicando no assunto quais destas actividades gostariam de contribuir.
Espalhem a palavra. Neste momento, considerando as perigosas noticias vindas da Comissão Europeia relativas à abertura ao cultivo de transgénicos na Europa, todo o tempo é urgente e todas as acções preciosas. Obrigada.