domingo, 31 de janeiro de 2010

Gigante Monsanto - último lugar em ética


Esta semana, a Empresa suíça de investigação Covalence apresentou o ranking anual de ética de empresas corporativas mutinacionais. Para completar o seu índex de ética, a Covalence compilou sete anos de informação quantitativa e qualitativa sobre 581 empresas. O estudo baseou-se em 45 critérios que incluem legislação laboral, desperdício de gestão e direitos humanos. Tratando-se de um índex de reputação, o critério da Covalence incorpora ainda media, industria e documentos de organizações não governamentais (NGOs) na sua avaliação.

Monsanto, a gigante e poderosa multinacional especializada em produção de sementes transgénicas, ficou em ULTIMO lugar no ranking de ética. A empresa que lidera mundialmente o mercado de sementes geneticamente modificadas, tem sido, como sabem os leitores deste blog, alvo de várias criticas sérias quanto ao seu modo de actuar. Entre muitas das suas acções criminosas, encontram-se os frequentes processos de acusação injusta aos pequenos agricultores que lhe fazem frente.


Grande surpresa? Não. Estranho é que empresas criminosas como esta ainda sejam permitidas de sequer existir.

Podem verificar o resto da lista de empresas multinacionais sem ética aqui.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O medo da palavra vem da ignorância

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feminismo

Eu não sou feminista, mas as mulheres têm de ter as mesmas oportunidades que os homens. Não sou feminista mas as mulheres têm de ganhar o mesmo que os homens. Não sou feminista mas sou contra o sexismo. Estas e outras frases semelhantes, que se podem resumir numa só - não sou feminista, mas sou a favor da igualdade dos géneros - são afirmações que nos habituamos a ouvir à nossa volta no meio dos aplausos de interlocutores masculinos.

Ao contrário dos outros “ismos” o feminismo tem a particularidade de poder ser definido e vivido individualmente e ao mesmo tempo ser visto como uma ameaça quando se assume como colectivo. Cada mulher define-o como quer, como lhe dá mais jeito, retira dele as partes que lhe interessam e recusa as que estorvam os seus objectivos pessoais ou que esbarram nas suas convicções. Podemos até tirar-lhe a palavra. Podemos dizer que somos femininas e não feministas e assim ridicularizar quem acredita que o primeiro não existe no segundo. Ficam à toa sem saber como atacar aquilo que é na sua essência feminista mas já não parece feminista porque se declara feminino.




Não há quem descreva melhor o que sinto do que a Maria N.

Já somos isto tudo há muito tempo

"Há, sim senhor!
Há um Portugal sério, um Portugal que trabalha, que estuda; curioso, atento e honrado! Há um Portugal verdadeiro que não perde o seu tempo com inimigos fantásticos e cujo único desejo é apenas e grandemente ser Ele próprio! Há um Portugal, o único que deve haver e que afinal é o único que não anda por causa dos vários Portugais inventados de todos os lados de Portugal! Há um Portugal profissionalista, civil e insubornável! Há, sim senhores! Mas entretanto...
Entretanto, a nossa querida terra está cheia de manhosos, de manhosos e de manhosos, e de mais manhosos. E numa terra de manhosos não se pode chegar senão a falsos prestígios. É o que há mais agora por aí em Portugal: os falsos prestígios. E vai-se dizer de quem é a culpa de haver manhosos e falsos prestígios: a culpa é nossa, e só nossa!"

José de Almada Negreiros, In Diário de Lisboa de 3 de Novembro de 1933

Visto no Anovis Anophelis

Manhosos e falsos prestígios, juntemos a beatice, e temos o contínuo problema de Portugal.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Em Portugal

Sim, em Portugal.



Visto no blog O Tempo Chegou...

Desta é que foi

Hoje cruzei-me com o senhor alto da biblioteca, que afinal não é assim tão alto, a perspectiva sentado versus em pé leva-nos a algumas ilusões de(s)medidas. Ele viu-me e preparava-se para virar a cara e continuar caminho, quando eu lhe atirei com um "hallo" nada esperado. Ele disse "hallo" de volta, sorriu reconhecidamente, e eu lá continuei, contente comigo mesma, feita tótó, como se tivesse feito uma grande coisa. Não foi uma grande coisa, não foi nada. Mas ele não sabe dos posts que já escrevi sobre isto. E o meu sorriso a caminho de me sentar no cubículo do "Uni - my prison", foi relativo aos posts. Pronto. Esta etapa foi superada. Daqui para a frente serei uma habituée aqui do sitio. Pertenço oficialmente às estantes de livros, cubiculos, mesas ordenadas, livros empilhados, folhas espalhadas, laptops abertos, atmosfera concentrada e aconchegante da biblioteca. Ah lá vai aquela menina da biblioteca. Há quem me chame menina, são uns doces.

Por grande coincidência subi no elevador com dois portugueses, também carregados de livros e laptops, coisa muito rara (para mim, única) nestes sítios. Mas a estes disse logo olá, desejei-lhes um bom estudo e adeus. Que já chega de posts sobre timidez tótó (isto do tótó é só em relação a mim, pois, por vezes, sou de facto muito tótó).

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Salvar a biodiversidade


Pela vossa saúde e a dos vossos, literalmente, e pelo futuro de todos, assinem esta petição da Plataforma Portuguesa por uma Agricultura Sustentável, que visa, enquanto é tempo, a protecção da biodiversidade agrícola portuguesa face ao risco das sementes transgénicas, sobre as quais já muito se escreveu aqui.

Acredito que esta campanha poderá ter um papel decisivo no futuro da agricultura e qualidade da alimentação em Portugal. A recolha de um número significativo de assinaturas - que terá que ser muito grande - pressionará o governo a proteger a agricultura sustentável e a ter em conta os nossos interesses e direitos por uma alimentação saudável de escolha transparente (o que não é actualmente o caso).

Se calharam neste canto da minha cabeça por acaso, sendo novatos e muito bem-vindos, poderão esclarecer dúvidas que tenham sobre sementes transgénicas clicando no link da viodeoteca da plataforma ou tirando um tempinho para ver alguns documentários listados na categoria "Alimentação" (ali ao lado): O Futuro da Alimentação (The future of food), Food Inc, We Feed the World, O Mundo Segundo a Monsanto, muitos etcs.

Lembrem-se de pôr o vosso nome e número de BI no campo de mensagem da assinatura.
Muito obrigada a todos :-)

Link da petição em defesa de uma agricultura biodiversificada

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Não me estou a queixar

Pode parecer, mas não. Eu adoro o sol, mas adoro também a neve. Mil vezes a neve que a chuva irritante e típica desta cidade. Por mim podia ser o Inverno todo só com neve. Neve até à Primavera, na boa. Convenhamos que prefiro uns grauzinhos negativos (que não sejam os -45°C da Noruega, chiça) com neve, aos 3 a 5°C positivos com chuva chata e cinzenta.

Estão a ver como o cérebro está congelado, que raio de post é este?

O meu cérebro

...Anda tão congelado como a dona. Vocês nem imaginam o frio que está sempre que ponho o nariz fora de casa. As temperaturas variam entre -7 e 0°C. Preciso de um gorro para o nariz!

Pois é, estou de volta à Alemanha.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

thirsty boy

Meet "Black Boy Wanting Water", a 2008 guerilla marketing campaign for Music Is Life that I have recently discovered on Ecopop.

"It's a perfect example that proves that successful marketing communications is not about a big budget, but about big ideas. Not only did this Belgian-created campaign raise awareness about the issues surrounding clean drinking water, but it also generated almost five million dollars in charitable donations in only six days."