sábado, 31 de janeiro de 2009

Alices


















Uma colecção de alices pela qual me apaixonei. Acho fascinante que existam pessoas a criarem mundos, a desenharem a imaginação, a fazer arte com cores...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O véu











Coisas difíceis de discernir na minha cabeça é o que se passa actualmente na Europa em relação ao Islão. A primeira vez que vi uma mulher de véu tipo freira (sem o ser) foi na Alemanha. Lembro-me de ter ficado chocada e indignada, como se tivesse recuado séculos no tempo. Senti-me ofendida e é arriscado explicar porquê, pois falar de religião é sempre difícil. Uns anos mais tarde (2005), também na Alemanha, vi duas mulheres completamente cobertas, não se vislumbrava um centrimetro sequer de pele e até os olhos estavam cobertos com uma rede. Esta não é uma visão muito frequente, porque este tipo de mulheres não são, geralmente, permitidas a sair de casa (pelo menos sem acompanhante "adequado"). Mas quando se trabalha num hospital tem-se a oportunidade de ver coisas que não se vêm no dia a dia da maioria das pessoas. Dessa vez o meu choque foi tão grande que parei de andar, simplesmente não queria acreditar no que os meus olhos viam. Aquelas pessoas não me pareciam humanas, pareciam saídas de um filme futuristico, um filme sobre sociedades alternativas totalitárias, ou planetas longíquos primitivos. Lembro-me de pensar "Deus nos livre de visões destas" (expressão de lugar comum). E lembro-me de pensar também, aliviada, em Portugal, como um sitio livre destas visões. Hoje já não é assim. E podem-me cair em cima com todas as ofensas e acusações, mas só tenho pena que assim seja.

A minha mãe conta que no tempo dela também as mulheres cobriam a cabeça com um véu para ir à Igreja (Católica) e que, no dia a dia, muitas usavam um lenço na cabeça. Penso que as razoes seriam as mesmas que na religião muçulmana. Mas felizmente, as mulheres em Portugal evoluíram um pouco (em comparação ao antigamente evoluíram muito) e já dificilmente se deixam pressionar dessa forma (para ir à Igreja é ainda comum ver-se véus nas mulheres, principalmente na província). Deixam-se pressionar doutras formas, mas isso é tema para outras conversas. Desde há dois anos que tenho observado um retroceder na paisagem quando vou a Portugal. E a meu ver, véus e afins obrigatórios, não são mais do que isso mesmo, um retroceder. Sublinho o "obrigatórios", porque é isso que faz a diferença.

Respeito todas as religiões, embora para ser mais clara, quem respeito são as pessoas. Tenho amigos de várias religiões diferentes desde católicos, protestantes, muçulmanos, hindus, budistas, evangélicos, e até com crenças célticas (nao sei o nome oficial). Mas em nenhuma delas respeito a discriminação e o infrigimento dos direitos humanos. E a utilização do véu (e vestimentas "especiais") por apenas um dos géneros, neste caso feminino, não é mais do que discriminação, diga-se o que se quiser dizer, justifique-se como se quiser. É apenas um pequeno pormenor, mas que leva a profundas mudanças no comportamento dos outros e na sociedade em relação ao grupo que tem obrigatoriamente de se tapar. Não é preciso ser brilhante para se entender o impacto dum fenómeno assim, na psicologia humana.

Não necessito que me mostrem filmes em que há mulheres muçulmanas felizes com a sua condição, nem que me digam sobre a propaganda anti-Islão que anda por aí. Eu sei que há mulheres felizes com a sua condição (seja ela qual for e aqui pode-se pensar mesmo nas mais estranhas condiçoes, desde prostituição a reclusão total) e sei distinguir propaganda da realidade, pois tento sempre obter informação de fontes diversas (evito a TV). Irrita-me que hoje em dia se ande com tantos paninhos quentes com coisas que não interessam mesmo nada, como religião, e que isso nos ponha a todos cegos para os factos que importam, para o que se esconde por trás do véu.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Who killed the electric car?

A propósito do post anterior, porque não nos viramos para os carros eléctricos? A resposta recai na simples conclusão que os humanos não estão propriamente interessados no ambiente. Procuram sim obter lucro e poder nas alternativas ao petróleo e os carros eléctricos estragam um pouco esse propósito. Isto até alguém se lembrar dum sistema eléctrico que se implemente nos carros, mas que sirva também um monopólio exclusivo de interesses económicos. Até lá, bye bye carros eléctricos e contentamo-nos com os híbridos que vão acalmando os protestos dos supostos ambientalistas como eu. Por toda esta triste realidade que rola nos bastidores dos governos do mundo, resta-me pôr aqui este filme (93 min) produzido por Chris Paine em 2006. Quem destruiu o carro eléctrico? A maioria de nós sabe quem foram, mas absorvidos no nosso dia a dia, na nossa vida, nos nossos objectivos, no politicamente correcto, esquecemos o mundo. Porque o nosso mundo acaba por ser o que vemos com a nossa visão limitada e isso é o que nos ocupa as preocupaçoes. Verdade se diga que, individualmente, pouco poderemos fazer, mas acredito em pressão global, unida, num aumento do número de pessoas informadas e a discutirem a informação. Temos que exigir o que queremos comprar e o que queremos conduzir. Seria tão bom que mais pessoas tomassem consciência do que se passa... apenas o meu minúsculo contributo:


Atenção, o filme é "americanizado", pois a população target principal é a população americana e a linguagem cultural de maior alcance é essa (explicação óbvia, mas que não sei se justifica a perda na qualidade). Aqui está o link para o wiki , onde se pode ler um pouco sobre o documentário e respectiva controvérsia. Uma questão, quanto desta informação vêm vocês na televisão ou na media em geral?

É que nem a salvar o ambiente nos safamos

A falta de valores e carácter preocupa-me tanto como o ambiente, talvez por estarem tão relacionados. Fico a pensar se nós humanos não seremos, na verdade, uma espécie de praga fatal para o mundo....

A noticia aqui

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Devo dizer

Sou alérgica a sites com música automática. É mesmo alergia. A música até pode ser boa, mas não descanso enquanto não encontro o botão para a desligar. Se não tem botão ou eu não o encontro no espaço de dois segundos, fecho logo e não volto a abrir. Não tenho culpa, é mesmo alergia. E assim se devem perder leituras maravilhosas digo eu (leia-se leitoras maravilhosas dizem eles).


Para ajudar os coitados que sofrem do mesmo problema que eu (tem que haver mais) é favor pôr o botão do stop bem visível e de preferência no topo da página.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O relógio que era meu e agora é de todos

Acabei de ver o relógio que tanto peço aqui ao lado na secção intitulada Quem sou eu. No filme "The curious case of Benjamin Button". Do filme não gostei muito, mas assim que vi o relógio e a ideia do relojoeiro cego de construir um relógio que dá horas para trás, o meu coração começou a bater mais rápido e quase que disse em voz alta "roubaram-me a ideia!". Vou ler o conto do F. Scott Fitzgerald a ver se fala no relógio e a ver se tiro este filme da cabeça com um simples "mais um filme muito pior do que o livro".
Acho que depois de 6 anos sem televisão o meu cérebro está definitivamente com um filtro anti-hollywoodesco...ou algo do género.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Paredes públicas

No cubículo de biblioteca em que estou e durante as minhas pausas de atenção desviada para a parede em frente, leio as mensagens que se encontram mundialmente espalhadas em todas as paredes que não pertençam às nossas casas... estranhamente devo estar no cubículo dos românticos, tantos homens (acho) a escrever na parede que amam alguém (mulheres) e até fazem coraçoes! E outro que ama o seu clube de futebol (sim, também com um coração) e depois uns mais desesperados a pedir acçoes intimas expressas, sem coração, mas com desenhos anatómicos a acompanhar (pouco explícitos na minha opinião...ai o jeitinho para o desenho).

Como gosto das paredes da liberdade literária...

Bibliotecas na Alemanha

Adoro estudar nas bibliotecas alemãs. Problemas de concentração? Problemas de motivação? Aconselho uma boa biblioteca alemã!

Aqui não há hipótese para distraccoes, o silencio é religiosamente respeitado (amen), as instalacoes são aquecidas (amen), e ver os outros a trabalhar afincadamente leva-nos, mais cedo ou mais tarde (se não for mais cedo será mais tarde), à motivação de fazermos o mesmo. Eu sei que isto é uma conversa um pouco seca, mas queria dar este bom conselho: querem progredir na tese, venham escreve-la nas bibliotecas da Alemanha!

Pois, infelizmente não me pagam para a publicidade... só por isso não pago bilhetes de aviao a ninguém sorry.

Fantasmas dos Natais passados

Todos os Natais os ex-namorados telefonam à minha mãe a desejar-lhe um bom Natal. Não são muitos é o que vale...
Nunca tive jeito para fantasma. Quando as coisas acabam, acabam mesmo. Se acabam para ele, acabam também para a familia. Não gosto de assombrar as relacoes do presente. Pois é, quando morrer, sei que não fico pela Terra como fantasma a assombrar ninguém. Simplesmente não é o meu estilo.

Ok confesso

que uso o meu próprio blog para ler os updates dos blogs de quem gosto...
que sou um bocado preguiçosa nisto de escrever em blogs...
que estou mais virada para a escrita à antiga (no papel)...
que aprecio muito quem me visita, não sei quem são mas pronto...
que não tem nada a ver, mas adoro neve...